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Até que a morte nos separe

Por Fernanda Beirão

Mesclando depoimentos de familiares com cenas de animação e entrevistas com psicólogos, juristas e críticos da mídia, Até que a Morte nos Separe, que estreioi no último dia 10 no A&E, tenta entender o que acontece no caminho entre dois pontos: a história de amor apaixonada e um crime chocante.

Na nova série que mistura, documentário, ficção e animação as supostas histórias de amor que antecederam e resultaram em assassinatos serão reconstruídas.

Cinco dos seis casos mostram crimes nacionais contra a mulher. Apenas um dos episódios revive a história do coronel Ubiratan Guimarães, que teria sido assassinado pela então namorada, Carla Cepollina.

Os demais narram a morte de mulheres, como o ocorreu com Sandra Gomide (ex-namorada do jornalista Pimenta Neves), Eloá Cristina Pimente (ex-namorada do estudante Lindemberg Alves), Ana Elizabeth Lofrano (ex-mulher de José Carlos dos Santos) e Patrícia Aggio Longo (ex-mulher de Igor Ferreira da Silva).

Ainda que não seja a intenção dos produtores, a série ajuda a mostrar como em pleno século XXI ainda vivemos em uma sociedade machista no Brasil. Não à toa, acredita-se que a série vá agradar principalmente ao público feminino, que deseja  justiça e compreensão dos fatos.

Notoriedade, classes sociais distintas, diferentes regiões do país e os perfis dos casais pautaram a seleção dos personagens da primeira temporada. Até que a morte nos separe foi produzida durante dois anos e não teve seus custos revelados.

Confira a descrição de cada caso de Até que a Morte nos Separe:

CORAÇÃO SELVAGEM
10/4, terça-feira, às 23h
ELOÁ CRISTINA PIMENTEL E LINDEMBERG FERNANDES ALVES – 2008
Um caso que recebeu ampla cobertura da mídia, porém, em tempo real. Em 13 de outubro de 2008, a estudante Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, estava reunida com mais três amigos em seu prédio em Santo André para fazer um trabalho escolar. Na ocasião, o apartamento foi invadido por Lindemberg que tinha a intenção de reatar o namoro ‘iô-iô’ com Eloá, que sempre terminava em razão dos ciúmes dele. O que se seguiu a isso foi um sequestro que durou quatro dias e foi acompanhado por 200 jornalistas instalados nas imediações.
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AMOR E MORTE NA IMPRENSA BRASILEIRA
17/4, terça-feira, às 23h
PIMENTA NEVES E SANDRA GOMIDE –  2000
Com dois disparos Antonio Pimenta, editor chefe do jornal O Estado de São Paulo, assassina sua ex-namorada Sandra Gomide, também editora do jornal e 31 anos mais nova. Neste primeiro episódio da série, tenta-se descobrir as razões que levaram um brilhante intelectual como Pimenta a cometer um crime tão atroz, e também analisar a maneira como o assunto foi tratado pelo jornal.

A BELA E O CORONEL
24/4, terça-feira, às 23h
CORONEL UBIRATAN GUIMARÃES E CARLA CEPOLLINA – 2006
Único caso da primeira temporada de Até que a Morte nos Separe cuja suspeita do crime cai sobre uma mulher. O coronel da Polícia Militar Ubiratan Guimarães, conhecido nacionalmente por ter liderado o episódio intitulado “Massacre do Carandiru”, em 1992, foi assassinado com um tiro no estômago, em sua própria casa. A suspeita recaiu sobre ex-namorada, a advogada Carla Cepollina, 23 anos mais jovem que o coronel e de educação requintada, e que o teria matado por ciúme.

PENALIDADE MÁXIMA
1/5, terça-feira, às 23h
BRUNO FERNANDES E ELIZA SAMUDIO –  2010

Crime que chocou o país em virtude da crueldade de seu mandante.  A história envolve o assassinato e esquartejamento de Elisa, ex-amante do goleiro Bruno, reconhecido em seu clube, o Flamengo, e cotado para defender a seleção brasileira em 2014.

O PROMOTOR FUGITIVO
8/5, terça-feira, às 23h
IGOR FERREIRA DA SILVA E PATRÍCIA AGGIO LONGO – 1998
Na noite de 04 de junho de 1998, Igor Ferreira, promotor público, voltava para casa com Patricia Aggio, sua esposa grávida de oito meses, quando foram interceptados por dois homens armados que queriam roubá-los, mas infelizmente a mulher foi morta com dois tiros. Para a Justiça, Igor camuflou dessa maneira o assassinato de sua esposa, embora seus familiares afirmem que ele é inocente.

BRANCA DE NEVE E OS ANÕES DO ORÇAMENTO
15/5, terça-feira, às 23h
JOSÉ CARLOS DOS SANTOS E ANA ELIZABETH LOFRANO – 1992
José Carlos dos Santos era, por um lado, um industrial poderoso, dedicado à sua esposa e três filhos, e por outro, gostava de orgias e práticas sadomasoquistas. Embora sempre tenha tentado proteger sua família, seu lado selvagem o superou, a ponto de simular um sequestro para assassinar sua esposa, e supostamente ordenar que a enterrassem viva.